Entre os dias 1 e 7 de agosto comemora-se o SMAM, Semana Mundial de Aleitamento Materno. Lançada em 1992 pela WABA (Aliança Mundial Para Ação em Amamentação) , tem como foco aumentar a visibilidade e a importância da amamentação no mundo. No Brasil,foi assinada a Lei nº 13 435 de 12 de abril de 2017 instituindo o mês de agosto como ”Agosto Dourado” tendo em vista de que o leite materno é o padrão ouro da alimentação do bebê, exclusivo até o sexto mês de vida, continuado até dois anos ou mais.
A cada ano a SMAM dedica-se a um tema diferente. Em 2016 slogan foi : “Aleitamento materno: presente saudável, futuro sustentável” , tendo como tema central os ODS ( Objetivos de desenvolvimento sustentável). Em 2017 foi escolhida a ODS 17 : Fortalecer a implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável, sem conflitos de interesse. Ninguém pode fazer por você, Todos podem fazer junto com você, foi o tema organizado pela WABA..
Quando falamos em Leite Materno, todos concordam que é importante, que é bom, tem vários componentes essenciais, mas e os leites artificiais derivados da proteína do leite de vaca? Considero seu uso em extrema necessidade e fico muito triste pelos benefícios que o bebê irá perder, refletidos na vida toda.
Recordando a ODS deste ano, seria possível uma parceria com setores produtores de alimentos sem conflito de interesses? A maciça propaganda que encanta nossas mãezinhas acaba por derrubar as ações em prol da amamentação
Leite materno não é um alimento monótono ele muda composição, sabor e volume durante todo o período de amamentação e no mesmo dia. O leite materno é saborizado pelo que a mamãe come e as primeiras experiências sensoriais do bebê são ainda intra útero, através do líquido amniótico.
Leite materno possui moduladores determinando proteção contra doenças alérgicas e infecciosas. Em locais de extrema pobreza ou de catástrofes naturais, é um alimento pronto, sem contaminação. No mundo poderiam ser evitadas 830 000 mortes de crianças por ano..
Lembro da época em que a grande questão brasileira era a desnutrição, agora temos a obesidade. Segundo a OMS , o sobrepeso em adultos no Brasil chegou a 54,1% em 2014. Nas crianças atinge 8% abaixo de 5 anos, sendo entre 7 e 12 anos de 22% a 36% dependendo da região. Obesidade é uma doença multifatorial, sedentarismo, alimentação inadequada, violência urbana que limita a saída de nossos filhos, potencial genético, mas as Doenças Metabólicas não transmissíveis (Diabetes, Hipertensão arterial, arteriosclerose, etc) tem na amamentação e somente nela fatores protetores.
Leite materno é econômico, está sempre quentinho, aconchegante, estreita vínculos.
Amamentar não é fácil, exige dedicação e parcerias, mas não existe alimento melhor para seu bebê.
imagem do site: guapore.rs.gov.br